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segunda-feira, maio 08, 2006

Hel´s review – Creedence Clearwater Revisited

O Chevrolet Hall tornou-se a melhor opção para shows de até 10 mil pessoas em BH. Pode parecer estranho, porque o local definitivamente não possui boa acústica para música ao vivo, mas outros fatores estão falando mais alto: sua privilegiada localização, em plena Savassi, sua facilidade de estacionamento, tanto próprio quanto o do vizinho Pátio Shopping e a segurança do local, sempre movimentado por conta do Shopping, estão fazendo da casa o lugar mais tranqüilo para o público de shows em BH.

Acho que por esta razão, vários anciões estavam neste fim de semana no show do Creedence. Não somente eles, o público era bem variado, mas o número de senhores e senhoras, em trajes sociais, era bem superior ao de adolescentes de preto, como os que estavam acompanhados dos pais no show do Angra no inicio do ano. E como em todo show, o público é sempre um espetáculo a parte, seja pelas roupas extravagantes, cabelos ouriçados ou meninas bonitas. Fato é que o público lotou o CH, em número superior ao público do Angra.

O Creedence entrou no palco como nunca vi uma banda entrar. Quietos, sem tocar nada, cada um pegou seu instrumento, e como se desconfiando do trabalho dos roadies, pareceu que estavam checando a afinação. Satisfeitos, começaram então o set list da noite, praticamente idêntico ao track list do CD duplo ao vivo, Recollection, lançado há alguns anos.

Born on the Bayou começou o show, fazendo o público na pista pular e o público nas arquibancadas bater palmas. Sim, filhos e netos na pista e pais e avós na arquibancada.
O show seguiu com os tradicionais clássicos, Green River, Commotion, Who´ll Stop the Rain, Hey Tonight, todas entremeadas com piadinhas do vocalista John Tristão, como “this is a music about tonight...it was made for tonight...it was made tonight…” Eu tinha a impressão de que ninguém entendia nada....Suzie Q, extendida, foi o primeiro momento de destaque, com um bom solo de guitarra, nada tecnicamente extraordinário, somente uma boa e velha pentatônica muito bem tocada. Outro momento especial do show foi em Heard it Through the Grapevine, com viradas de bateria, riffs de baixo e mais pentatônicas. Alias, como é boa esta música, construída em cima de um riff extremamente simples, e com um impacto tão legal.

Proud Mary, minha favorita da banda, foi tocada com um peso acima do tradicional, mas o melhor momento da noite foi Fortunate Son, com guitarras distorcidas, andamento bem mais rápido do que o original, e acredite, quase heavy metal, merecendo o elogio "matador ! "

A banda se retirou do palco, o público pediu mais, e a banda voltou, com a música mais esperada da noite, Have You Ever Seen the Rain, aquela que todo mundo conhece....Outro grande momento foi Travelling Band, mais uma saída, mais um retorno, e Run Through the Jungle e Up Aroud the Bend fecharam a noite. Em resumo, um bom show, que deve ter deixado os anciões suspirando, com saudades do tempo em que eram adolescentes, e dado aos adolescentes uma mostra das raízes do rock.

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