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segunda-feira, dezembro 04, 2006

Hel´s review – Deep Purple em BH


Hel´s review – Deep Purple em BH
Domingo, 03/12/2006
Chevrolet Hall, 19:00 hs (official time..)


O domingo em BH começou com o céu claro e, em poucas horas, o sol tomou conta do dia, descontando a terrível quinta-feira passada, que registrou a pior chuva de BH dos últimos 50 anos. Graças também ao horário de verão, foi com o sol ainda brilhante que o Deep Purple entrou no palco do Chevrolet Hall e iniciou o show com Pictures of Home. Esta claridade foi até estranha, pois o teto da casa é coberto por policarbonato, deixando o local com aquela sensação de “esqueceram as luzes acesas” ou “a iluminação da banda não está funcionando...”. Enquanto o Deep Purple ia tocando, o sol ia morrendo, até que o local mergulhou na escuridão da noite e finalmente, as luzes de palco da banda foram acesas.

Falar do set list não dá a menor noção de como foi o show. Cada música foi MUITO estendida, em relação as versões de estúdio, com improvisos (naturalmente MUITO ensaiados) no meio das músicas, longas passagens instrumentais e introduções diferentes para os tradicionais clássicos. Smoke on the Water, por exemplo, começou com Steve Morse tocando uma peça clássica de uns 30 segundos na guitarra, até resolver a melodia com o super-hiper-mega-famoso riff introdutório. Em outras músicas, a banda interrompia a passagem instrumental para a locomotiva, conhecida como Ian Paice, fazer um solo rápido e impecável, mostrando que a máquina ainda soa como nos clássicos álbuns ao vivo dos anos 70. Havia até uma forte luz branca no palco, que parecia uma coluna com um refletor, mas certamente era o farol da locomotiva em ação. Ainda com relação a Ian Paice, não apenas o som que ele faz é bom, mas o desenho que os braços dele fazem no ar, o movimento que gera aquele ritmo, a mecânica que ele faz é impressionante de se ver.

Toda a banda, alias, está em forma. Dizer que Ian Gillan não canta mais como antigamente não faz justiça. Os mesmos vocais, os mesmos gritos e as tradicionais dobradinhas de solo junto a guitarra. Pés descalços e calça de pijama, o cara está a vontade. Roger Glover continua com o mesmo lenço amarrado na cabeça e a tradicional marcação de baixo. Don Airey, o multitecladista que tocou com todo mundo que você pensar, substituiu Jon Lord a altura, fazendo os tradicionais solos idênticos aos originais, com os mesmos ruídos dos velhos moogs. Steve Morse é um super-guitarrista, virtuoso e de bom gosto. O momento solo, onde ele emendou trechos de Guns n´Roses, AC/DC, Led Zeppelin, Cream, foi um dos melhores do show.

De desagradável para o show em BH, somente um fã, mais ardoroso, que subiu no palco no meio da segunda música e agarrou Ian Gillan, que precisou de 4 seguranças para remove-lo. A banda continuou tocando normalmente, enquanto Mr Gillan tentava se soltar do apaixonado fã. Outros, mais educados, apenas subiam no palco para se atirar lá de cima. Haviam os tradicioanis mosh...o local não estava tão cheio – domingo e ingresso mais caro – e a faixa etária predominante era esta nossa, mais de 30, menos de 40. O show do Slayer, por exemplo, ficou mais cheio.

E de melhor para BH, foi a impressão que a banda levou do público, que participou do show todo o tempo, e ao cantar o refrão de Smoke on the Water levou Mr Gillan a dar um pulo para trás, com a mão no coração, brincando com o público, como se tomasse um susto com o volume daquele coro.

E de critica a banda, eu diria que o set list foi curto....havia material para mais, o set list foi exatamente o mesmo da European leg desta tour, e o mesmo que a banda vem fazendo no Brasil, sem variações. Podiam ter variado algumas músicas, incluído outras...eu, particularmente, apoio a idéia de se fazer shows baseados no último disco, que é um modo de se promover o álbum e um atestado de qualidade da própria banda. Naturalmente, os clássicos não podem ficar de fora de um show, e é sempre bom executar músicas de toda a discografia, mas é bom variar de um show para outro. Dá a oportunidade de se ouvir músicas diferentes. Esta foi a quarta vez que vi o Dee Purple, e em todos os shows, o set list foi basicamente o mesmo. Os mesmos clássicos, entremeados com músicas do último disco. Assim, nunca mais “Sometimes I Feel Like Screaming” ou “Child in Time”….

Set list :

Pictures Of Home,
Things I Never Said
Into The Fire,
Strange Kind Of Woman,
Rapture Of The Deep,
Fireball,
Wrong Man,
Steve Morse Guitar Solo,
When A Blind Man Cries,
Lazy,
Don Airey Keys Solo
Kiss Tomorrow Goodbye
Perfect Strangers,
Space Truckin´,
Highway Star,
Smoke On The Water.

Encore:
Hush,
Black Night."

quarta-feira, setembro 06, 2006

Hell´s review - Slayer em BH


O Slayer não estava entre minhas bandas favoritas….dentro dos 4 Grandes do Thrash, dos chamados Quatro Cavalheiros do Apocalipse, é a que menos gostava - o Metallica ainda é a minha favorita, apesar dos últimos albuns, seguido pelo Megadeth e Anthrax. Sempre considerei o Slayer o meu limite no metal...um Motorhead mais agressivo, muito peso, poucos riffs e pouca técnica.

Entretanto, um show do Slayer na cidade em que moro era imperdivel...uma banda clássica e importante para a história do METAL, com albuns clássicos e fundamentais para o thrash, na porta da minha casa, eu tinha que ir.

Em torno das oito da noite de domingo, eu e meu amigo Edu entramos no Chevrolet Hall, atrasados, já no fim de “Disciple”...Em uma palavra : extremo. Outra : agressivo. Mais uma ? brutal. Entrei para ouvir e ver o show mais pesado de minha vida. Um massacre, que me surpreendeu...pelo fato do Slayer não estar entre minhas bandas favoritas, não esperava grandes coisas, mas foi um super show, excelente do inicio ao fim. A banda tocou clássicos e clássicos, hinos do thrash, com uma força, velocidade e peso estonteantes.

O som do Slayer não possui demonstrações de técnicas, malabarismos, virtuosismos, que são qualidades que eu gosto, aprecio e valorizo em música, e mesmo assim, prende a atenção. O timbre radicalmente “crush”, agressivo, distorcido, ruidoso das guitarras de Jeff Hanneman e, principalmente, Kerry King incomodam, pertubam e hipnotizam. King é um gigante, imenso, pesado, tatuado, parecendo um Klingon, segurando a sua ESP "signature serie" como uma arma de guerra, apertando as cordas com uma força que dava a sensação de ouvir as cordas gritando contra os trastes, implorando clemência. Show no mercy.

O chileno Araya é outro monstro no palco. Canta com a mesma voz do inicio ao fim, conversa com o público, filma, tira fotos, bate palmas, bate a cabeça, toca baixo e não perde o fôlego. Dave Lombardo é um dos melhores bateristas de metal, e decepcionantemente, não fez o esperado solo de bateria.

No geral, os caras são rápidos, muito rápidos. Velocidade com agressividade, um massacre sonoro tão intenso, que limitou o show a cerca de 1h e 20. Naquele ritmo, não tem como tocar por 3 horas como o Rush ou o Dream Theater. O show foi tão bom que nem lamentamos o curto set list ou a ausência do tradicional “encore”. Fomos prazerosamente massacrados.


Slayer : Tom Araya (vocals/bass), Jeff Hanneman (guitar), Kerry King (guitar), Dave Lombardo (drums). Belo Horizonte, Chevrolet Hall, dom, 03/09/06.

"Darkness of Christ / Disciple"
"War Ensemble"
"Blood Red"
"Die By The Sword"
"Spirit In Black"
"Cult"
"God Send Death"
"Mandatory Suicide"
"Seasons In The Abyss"
"Chemical Warfare"
"Hell Awaits"
"Dead Skin Mask"
"Postmortem"
"Silent Scream"
"South Of Heaven"
"Rainning Blood / "Angel Of Death"

sexta-feira, julho 14, 2006

Hel´s Best Albums - 2006/2005

Adoro listas. Listas são sempre polêmicas e geram calorosas discussões. Uma lista dos melhores guitarristas do mundo, por exemplo, não escapará de ser debatida, independente dos nomes mencionados.
A Lista Der Hel dos melhores albuns do ano é:
2006
1. Iron Maiden - A Matter of Life and DEath
2. Blind Guardian - A Twist in the Myth
3. In Flames - Come Clarity
4. Slayer - Christ Illusion
5. Queensryche - Operation Mindcrime II
6. David Gilmour - On An Island
7. Motorhead - Kiss of Death
8. The Who - Endless Wire
9. UFO - The Monkey Puzzle
10. Paul Stanley - Live to Win
2005
1. Porcupine Tree - Deadwing
2. Dream Theater - Octavarium
3. Kreator - Enemy of God
4. Bruce Dickinson - Tyranny of Souls
5. Arena - Peppers Ghost
6. Arch Enemy - Doomsday Machine
7. Shadow Gallery - Room V
8. James LaBrie - Elements of Persuassion
9. Rammstein - Rosenrot
10. Pendragon - Believe

segunda-feira, maio 08, 2006

Afinal, QUEM matou Sister Mary ?

Eu gosto de álbuns conceituais. Acho que eles possuem um atrativo a mais, além do básico de um álbum, que é a música. Na verdade, fãs de música, como nós, vão além do básico de um álbum. Quando se é fã de uma banda, nem importa ouvir primeiro o novo álbum, já vamos compra-lo, porque já sabemos que vamos gostar, mesmo que não seja bom. Nunca vi um fã do Queen criticar o Hot Space, dizer que o disco é horrível, como a critica normalmente se refere a ele. Apesar de reconhecer que é o álbum mais fraco da carreira da banda, tem bons momentos. Fãs incondicionais do Metallica também não reclamam do St Anger, exceto aqueles fãs xiitas, que reclamam de qualquer coisa feita após o ...And Justice For All.

Bom, voltando ao tópico, eu vejo 2 tipos de álbuns conceituais: o primeiro, o clássico, aquele em que todo o álbum é centrado em torno de um personagem, e as músicas contam uma única história, como capítulos de um livro. A gente tem que ler na ordem para entender, tem inicio, meio e fim, e as músicas são a narrativa desta história. É o caso do Tommy (The Who), The Wall (Pink Floyd), Operation : Mindcrime (Quuensryche), Scenes From a Memory (Dream Theater) e The Lamb Lies Down on Broadway (Gênesis). O mestre deste estilo, inegavelmente, é King Diamond, que poderia ser um diretor daqueles clássicos filmes B. Cada novo album é uma nova história de terror.

O segundo tipo de álbuns conceituais é aquele que não possui uma personagem principal, nem uma única história, mas todas as músicas são relacionadas a um tema, como o Dark Side of the Moon, que versa sobre a natureza humana, vida, tempo, trabalho, dinheiro, loucura e morte.

Um álbum que me prende a atenção é o Operation Mindcrime, do Queensryche, tópico dos comentários seguintes.

Hel´s review – Creedence Clearwater Revisited

O Chevrolet Hall tornou-se a melhor opção para shows de até 10 mil pessoas em BH. Pode parecer estranho, porque o local definitivamente não possui boa acústica para música ao vivo, mas outros fatores estão falando mais alto: sua privilegiada localização, em plena Savassi, sua facilidade de estacionamento, tanto próprio quanto o do vizinho Pátio Shopping e a segurança do local, sempre movimentado por conta do Shopping, estão fazendo da casa o lugar mais tranqüilo para o público de shows em BH.

Acho que por esta razão, vários anciões estavam neste fim de semana no show do Creedence. Não somente eles, o público era bem variado, mas o número de senhores e senhoras, em trajes sociais, era bem superior ao de adolescentes de preto, como os que estavam acompanhados dos pais no show do Angra no inicio do ano. E como em todo show, o público é sempre um espetáculo a parte, seja pelas roupas extravagantes, cabelos ouriçados ou meninas bonitas. Fato é que o público lotou o CH, em número superior ao público do Angra.

O Creedence entrou no palco como nunca vi uma banda entrar. Quietos, sem tocar nada, cada um pegou seu instrumento, e como se desconfiando do trabalho dos roadies, pareceu que estavam checando a afinação. Satisfeitos, começaram então o set list da noite, praticamente idêntico ao track list do CD duplo ao vivo, Recollection, lançado há alguns anos.

Born on the Bayou começou o show, fazendo o público na pista pular e o público nas arquibancadas bater palmas. Sim, filhos e netos na pista e pais e avós na arquibancada.
O show seguiu com os tradicionais clássicos, Green River, Commotion, Who´ll Stop the Rain, Hey Tonight, todas entremeadas com piadinhas do vocalista John Tristão, como “this is a music about tonight...it was made for tonight...it was made tonight…” Eu tinha a impressão de que ninguém entendia nada....Suzie Q, extendida, foi o primeiro momento de destaque, com um bom solo de guitarra, nada tecnicamente extraordinário, somente uma boa e velha pentatônica muito bem tocada. Outro momento especial do show foi em Heard it Through the Grapevine, com viradas de bateria, riffs de baixo e mais pentatônicas. Alias, como é boa esta música, construída em cima de um riff extremamente simples, e com um impacto tão legal.

Proud Mary, minha favorita da banda, foi tocada com um peso acima do tradicional, mas o melhor momento da noite foi Fortunate Son, com guitarras distorcidas, andamento bem mais rápido do que o original, e acredite, quase heavy metal, merecendo o elogio "matador ! "

A banda se retirou do palco, o público pediu mais, e a banda voltou, com a música mais esperada da noite, Have You Ever Seen the Rain, aquela que todo mundo conhece....Outro grande momento foi Travelling Band, mais uma saída, mais um retorno, e Run Through the Jungle e Up Aroud the Bend fecharam a noite. Em resumo, um bom show, que deve ter deixado os anciões suspirando, com saudades do tempo em que eram adolescentes, e dado aos adolescentes uma mostra das raízes do rock.

sexta-feira, maio 05, 2006

The Best Gig Ever

Se vcs pudessem escolher bandas para participar de um festival, quais as bandas que vcs escolheriam ?

Diretrizes :
1 - Vale qualquer banda e artista, independente de estar em atividade, vivos ou mortos.
2 - Tem que colocar as bandas em ordem de apresentação.

A minha lista teria :

Part 1 :
The Beatles
Queen
Pink Floyd
Led Zeppelin

Parte 2 :
Rush
Dream Theater
AC/DC
Judas Priest

domingo, abril 30, 2006

Este é o começo do Vacalhau Blog...

Este é o começo do Vacalhau Blog...

Testei Vacalhau mas parece que já estava ocupado. Ficou Vakalhaw então...

Este é um Blog para alguns amigos escreverem e discutirem sobre música, cinema, literatura, arte e cutura pop em geral.

A idéia é que a partir dos contribuições de cada um possamos descobrir novos caminhos e ampliar horizontes...

Que assim seja.

Let there be light!

Let there be rock!