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sábado, dezembro 24, 2011

Os Melhores Albuns de 2011

Chegando ao fim do ano, posto minha tradicional lista dos melhores discos de 2011. 

Meu critério é sempre o mesmo. Bom para mim é o que mais me chamou para uma nova audição. 

Escutei o disco uma vez, não atraiu minha atenção, escuto a segunda vez, continua sem chamativos, tento uma terceira vez, nada....acabo deixando o disco de lado. 

Mas se escuto o disco, e mesmo tendo outro disco para ouvir, volto naquele e a cada audição fico cada vez mais cativado, o disco vai para a minha categoria "discografia recomendada", o que significa que será ouvido novamente...

Então, meus melhores discos de 2011:

1 - DREAM THEATER - DRAMATIC TURN OF EVENTS
Novamente o DT fica no topo dos meus melhores do ano. É fácil entender porque. Mesmo com a surpreendentemente saída do baterista, co-fundador e líder Mike Portnoy, a banda manteve a qualidade técnica e musical. Com um disco acessível, fácil de ouvir e assimilar, não tentou causar polêmicas e evitou comparações. Se concentrou nas melodias e nos tradicionais virtuosismos de guitarra e teclados. Um disco com 9 músicas e todas de alta qualidade. Não há um único porém no disco. Melhor do ano e uma capa também belissima.



2 - MASTODON - THE HUNTER
Achei este o melhor da carreira do Mastodon. Um som pesado, forte e original, bem feito e bem produzido. Esses americanos acertaram a mão desta vez, com um disco mais acessível do que os anteriores, cuja audição não é fácil (como o The Mars Volta, leva um tempo pra acostumar...). E a capa também ficou espetacular.



3 - OPETH - HERITAGE
O Opeth realmente é uma banda surpreendente. Desviando do tradicional Death Metal da cena Sueca, foram incluindo influências clássicas e progressivas em seus trabalhos. Heritage superou os experimentalismos do albúm anterior, Watershed, com muito mais qualidade. É preciso uma mente aberta para apreciar o novo som. Fãs xiitas podem desprezar o disco, mas é seguramente um dos melhores da discografia do Opeth.

4 - YES - FLY FROM HERE
Sempre fui fã do Yes. O novo disco foi uma grata surpresa. Surpreendeu pela ausência de Jon Anderson, pela formação do Drama, pela qualidade das músicas, pela arte de Steve Howe, pela bela capa de Roger Dean. Não é comparável ao período clássicos dos anos 70, mas ninguem pode voltar no tempo e recriar a magia dos sons progressivos dos anos 70.

5 - STEVEN WILSON - GRACE FOR DROWNING
O super talentoso multi instrumentista, compositor, produtor Steven Wilson é um incansável músico. Com grande facilidade para compor bons trabalhos, seja em sua carreira solo, no Porcupine Tree ou no Blackfield, que também lançou um novo disco neste ano.

6 - ARENA - SEVENTH DEGREE OF SEPARATION
Bom retorno do Arena, em mais um bom disco de sua discografia.

7 - ANTHRAX - WORSHIP MUSIC
Um grande retorno do Anthrax, com músicas de qualidade, fortes, voltando ao Thrash Metal original. A voz de Belladonna melhorou com o tempo, está mais segura e sem aqueles gritos esganiçados.

8 - AMON AMARTH - SURTUR RISING
Outro bom disco dos Suecos, fazendo uma ótima sequencia com o anterior, Twilight of the Thunder God. Riffs marcantes por todo o disco. Outra capa com arte caprichada.


9 - ANATHEMA - FALLING DEEPER
Realmente profundo, um disco sereno, calmo e suave.




10 -HAKEN - VISIONS
Esta foi uma das bandas que conheci neste ano. Gostei deste trabalho, na linha prog-metal, com bom instrumental, músicas longas e bem elaboradas.












Nos relançamentos, destaque para a discografia do Pink Floyd, e em especial, as belas edições Immersion de Dark Side of the Moon e Wish You Were Here, e a edição deluxe de Some Girls, dos Rolling Stones, com um CD de músicas inéditas e de boa qualidade.













domingo, dezembro 18, 2011

Arena - Seventh Degree of Separation (2011)




Com muita satisfação recebi a noticia do retorno do Arena, uma das minhas bandas favoritas de Neo-Prog, aquele sub-estilo do rock progressivo que começou com o Marillion, nos anos 80 (ahh, saudosa Era Fish), e continuou até hoje, com diversas bandas, como IQ, Pendragon, Magenta, Pallas, Collage, Satellite, Frost...

O Arena retorna com uma mudança na formação...mais uma vez, troca de vocalista. Rob Sowden deixou o posto para a entrada de Paul Manzi, que possui um timbre e estilo vocal muito próximos ao de Sowden. Não senti nenhuma perda de qualidade. O que era de se esperar, afinal estamos falando de músicos experientes, de alta qualidade técnica e musical, que não iriam arruinar o nome com um lançamento mediano e um vocalista que não estivesse a altura.

"The Seventh Degree Of Separation" é um disco conceitual que narra a jornada da existência do ser humano, da primeira hora de sua vida até a última hora de sua morte. O tema promete um disco bem interessante.

Veja mais em www.arenaband.com


 Arena:
Mick Pointer - bateria, [ex-Marillion]
Clive Nolan - teclados, [Pendragon].
John Mitchell - guitarra, [Kino, It Bites, Frost]
John Jowitt - baixo, [IQ],
Paul Manzi - vocal


Discografia (Estúdio):
Songs from the Lion's Cage (1995)
Pride (1996)
The Visitor (1998)
Immortal? (2000)
Contagium (2002)
Pepper's Ghost (2005)

The Seventh Degree of Separation (2011)
Tracklist:
    01. The Great Escape
    02. Rapture
    03. One Last Au Revoir
    04. The Ghost Walks
    05. Thief Of Souls
    06. Close Your Eyes
    07. Echoes Of The Fall
    08. Bed Of Nails
    09. What If?
    10. Trebuchet
    11. Burning Down
    12. Catching The Bullet
    13. The Tinder Box








domingo, dezembro 04, 2011

Opeth - Heritage (2011)




Eu conheci o Opeth efetivamente em 2005, quando li uma resenha muito entusiasmada sobre o "Ghost Reveries" e atiçado pela curiosidade, fui procurar o disco para ouvir. Eu já tinha visto o nome da banda relacionado na lista dos 100 melhores discos de progressivo, do ótimo site Progarchives. O Opeth mantêm regularmente 3 títulos nesta lista. Mas em 2005 eu ainda tinha reservas sobre vocais guturais, e não prestei muita atenção no disco. Com o passar do tempo, a curiosidade pelos títulos relacionados no Top 100 e a divulgação constante da minha amiga Butterheart, passei a escutar com mais regularidade. 

Desde então, passei a acompanhar a banda e fui ouvindo a discografia anterior. Quando foi anunciado o lançamento do Heritage, fiquei naquela curiosidade natural de se ouvir o novo trabalho. E com muita surpresa escutei o disco, faixa a faixa. Surpresa porque, a cada faixa, eu esperava uma introdução pesada, guitarras nervosas, bateria estrondosa e o vocal rasgado, o que, faixa após faixa, não acontecia. Muito pelo contrário, em alguns momentos parecia que não era o Opeth...parecia Jethro Tull, Focus, King Crimson...notei até mesmo um colorido jazzístico, meio Frank Zappa. Timbres bem anos 70, levadas de guitarra que parecem ter 30 anos.

A capa também ficou muito bonita, apesar da idéia da árvore não ser assim tão original.
Nos últimos 2 anos temos visto algumas capas com este tema, como abaixo: 

















No fim das contas, um bom disco, muito interessante, bem diferente dos anteriores, e surpreende até quem se surpreendeu com o "Damnation", outro ótimo disco dos suecos. Certamente na minha lista de melhores de 2011. 

Veja também: www.progarchives.com

Discografia:
ESTÚDIO:

Orchid 1995
Morningrise 1996
My Arms, Your Hearse 1998 [Os três primeiros foram relançados na coletânea "The Candlelight Years"]
Still Life 1999 [Top 100 Progarchives]
Blackwater Park 2001 [Top 100 Progarchives]
Deliverance 2002
Damnation 2003 {um dos meus favoritos...}
Ghost Reveries 2005
Watershed 2008 [Top 100 Progarchives]
Heritage 2011

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Dream Theater - A Dramatic Turn of Events (2011)


Estamos chegando ao fim do ano, e em breve vou postar a minha lista dos melhores de 2011...mas para adiantar, segue um review que já devia há algum tempo...O novo CD do Dream Theater é o melhor do ano. 

Mas vamos começar do começo...Em 2010, de repente, o mundo do rock, prog, metal, foi surpreendido pela noticia de que Mike Portnoy, o fundador, líder, diretor, baterista e grande responsável pelo crescimento do Dream Theater, deixou a banda. Espanto geral. Mas aos poucos foram surgindo mais informações. Mike, que adora a internet, postava todo dia em seu site oficial seus motivos...A banda calada. Mike queria um tempo. Queria cuidar de outros projetos. Queria tocar com outros músicos. Pediu pra todos pararem, enquanto ele decidia o que fazer. Os outros acharam um absurdo, com certeza. Imagino um diálogo assim: 

-    vamos parar de trabalhar, de tocar, de fazer o que gostamos, enquanto você se diverte??? 
-    então eu saio! quero ver o que vocês vão fazer !!!.

Imagino que Petrucci falou: "Que desaforo! Vamos mostrar pra este cara quem somos!".

E o DT anunciou que seguiria em frente. Neste meio tempo, após tanta repercussão, Mike Portnoy perdeu seu posto de baterista no Avenged Sevenfold. Quis voltar atrás e tomou um "não" na cara. E o Dream Theater foi em frente, fez um reality show pra escolher um novo baterista, com a participação lamentável do nosso Aquiles Priester, e gravou um novo disco. E após diversas lamúrias de Portnoy na internet, aqui estamos. 

E o novo disco, A Dramatic Turn of Events, é muito bom. Acho que a banda acertou ao fazer músicas sem grande destaque para bateria. Não chamou a atenção, não tentou mostrar que o novo baterista era melhor ou comparável ao anterior, simplesmente fez um bom disco. Focado nas músicas, na melodia, nos temas instrumentais, sem tanto virtuosismo técnico, mas com todos os elementos típicos da banda, nas medidas certas. 

E após o lançamento, mais polêmicas. Artigos com comparações com o "Images and Words", mais declarações do Portnoy, enfim, propaganda gratuita para divulgação. Mas sinceramente, nem precisava. O disco é o melhor da banda desde o "Six Degrees". E o melhor do ano, fácil.