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terça-feira, novembro 30, 2010

The Big Four - DVD 1 (parte 2/3)



O Big Four Live in Sofia vem com 2 DVDs. 

O primeiro DVD, objeto deste tópico, traz os shows do Anthrax, Megadeth e Slayer.

Todos os shows do DVD são muito bem filmados, no estilo do Live 8. As câmeras gastam um tempo nos músicos, não ficam naquela mudança frenética de foco a cada 2 segundos. O cenário de cada banda é simples, um banner montado sobre um palco grande, com ótima iluminação, graças ao bonito dia, e o som nítido, com bom volume, bem mixado, graves e agudos bem regulados, enfim, uma excelente produção.

O primeiro show é do Anthrax, provavelmente a menos bem sucedida das 4 bandas. O Anthrax lançou um dos melhores discos da história do Metal, o maravilhoso Fistful of Metal, pra mim, até hoje, o melhor da banda, e com o melhor vocalista que já tiveram, Neil Turbin. Virou clássico, colocou a banda no mapa. Deste clássico, somente uma música, Metal Thrashing Mad, fez parte do evento. Do segundo disco, que inclusive é o pano de fundo do palco da banda, a faixa título, Among the Living, ficou impressionantemente de fora. A surpresa foi uma pitada de Heaven and Hell do Black Sabbath, em uma homenagem a Dio. Outra boa surpresa foi a inclusão de Only, do album Sound of White Noise, da fase John Bush. Mas, já que Belladonna canta Bush, porque deixar de fora Safe Home, uma das melhores músicas de toda a carreira do Anthrax?

O destaque da banda é o baterista Charlie Benante, simplesmente fantástico. Impressionante como o cara é bom. Frank Bello é o apaixonado de sempre pela banda, assim como é tradicional o entusiamo de Scott Ian. Não sou fã do Joe Belladonna e achei o Rob Caggiano meio apagado, para um guitarrista solo. 

Comparando com os DVDs anteriores, Music of Mass Destruction e Alive, este é, disparado, o melhor e mais bem produzido show do Anthrax para o vídeo. 


Set List:
Caught in a Mosh (matadora, como sempre)
Got the Time (hmmm...esta não me agrada)
Madhouse (tb não me agrada....)
Be All, End All (boa...)
Antisocial (muito boa !!!!)
Indians/Heaven and Hell ("Ronnie, we love you...")
Medusa (legal....)
Only (grande música, muito boa!)
Metal Thrashing Mad (a melhor de todas !)
I Am the Law (pro fim do show, podia ser outra...)

Banda: 
Joe Belladonna, v; 
Scott Ian, rg; 
Frank Bello, bg; 
Charlie Benante, d; 
Rob Caggiano, lg


Então vem o Megadeth. Junto com o Megadeth, uma pequena chuva, que não atrapalha em nada o show, o sol continua brilhando no céu. Digam o que quiserem do Mustaine, o cara é fantástico. Se Halford é o Metal God, ele é o Thrash God. Imponente, carismático, líder, um compositor de riffs do calibre de Tony Iommi, exímio guitarrista e ótimo vocalista....resumidamente, Phoda. 

Mustaine entra no palco, pega a guitarra e mete o riff de Holy Wars. P.Q.P. Dá pra ir a loucura sentado no sofá da sala. E Chris Broderick, que guitarrista fenomenal ! Que postura de mão, parece um violinista clássico, mas vai palhetar rápido assim, sei lá onde. O baterista Shawn Drover casou perfeitamente com a banda e de todas as recentes trocas de formação, foi quem permaneceu. E o retorno de David Ellefson foi positivo. O entrosamento está leve, todos estão sorrindo, e a música flui com uma naturalidade incrivel...E com peso, pegada, garra. Matador. Matador. 

E o set list, clássicos e mais clássicos...

Holy Wars... The Punishment Due (YEAH!!!!!!!)
Hangar 18 (P.Q.P !!!!!!!!)
Wake Up Dead (WOW!!!!!!!!!!!!!!!)
Head Crusher (WoWWWWWWW!!!!!!!!!!!!)
In My Darkest Hour (que introdução ! )
Skin O' My Teeth (meu pescoço já tá doendo...)
A Tout Le Monde (ah, agora vamos descansar um pouco...)
Hook in Mouth ( de novo, vamos lá !!!!!)
Trust (WOWWWWWWWWWWWWWW!!!!!!!!)
Sweating Bullets (DUCAAAAAAAAAAA !!!!!!)
Symphony of Destruction (Megadeth!!!Megadeth!!!!Megadeth!!!!!)
Peace Sells/Holy Wars Reprise (Yeah !!!! de novo, Yeah!!!!!!!!!)


Banda:
Dave Mustaine - o guitarrista vocalista phoda
Chris Broderick - o lead guitar mais phoda
Dave Ellefson - o baixista phoda
Shawn Drover - o baterista phoda

E para terminar o DVD, SLAYER !!!!
E pra começar a falar, este foi o melhor DVD que já vi do Slayer.
Melhor que Rainning Blood e War at the Warfield.

O tempo fez bem pros caras. Araya continua gritando muito, e o inglês dele está cada vez melhor, a gente já consegue seguir a letra. Jeff Hanneman é um bom guitarrista, o lado mais técnico do Slayer, mas Kerry King é um monstro de guitarrista, imenso, tatuado, grande, forte, maluco, imponente. Parece que vai rachar o braço da guitarra com a ponta dos dedos. E Lombardo é uma lenda da bateria, velocista e preciso.

Foi ótima a escolha do set list. Mesclando os atuais petardos do ótimo World Painted Blood com os clássicos dos anos 80, O Slayer fez um dos melhores shows de Metal que já vi em DVD.  


Set List:

World Painted Blood (extraordinário inicio)
Jihad (muito melhor ao vivo do que em estúdio)
War Ensemble (clássica !!!!!!! )
Hate Worldwide (ótima !!!!!!)
Seasons in the Abyss (ovacionada desde o primeiro segundo ! Fantástica )
Angel of Death (precisa falar algo ????)
Beauty Through Order (outra ótima música do WPB)
Disciple (esta música tem um refrão pegajoso !)
Mandatory Suicide (pesadíssima!!!!!)
Chemical Warfare (pesadissississima!!!!!!!)
South of Heaven (mais um clássico absoluto !!!!!!!!!)
Raining Blood (que final !!!!!!!!!! extraordinário ! Slayer !!!!! Slayer !!!!!! )


E então, a noite cai, e o Metallica vai tocar....






The Big Four - Deluxe Edition (parte 1/3)





Não resisti. Comprei o box especial, a edição super hiper phoda vip, deluxe edition, que não vai ser lançada aqui no Brasil, com 5 Cds e 2 DVDs do show do Big 4, gravado em 22/06/10, na cidade de Sofia, Bulgária, no festival Sonisphere. Aqui foi lançada a versão com 2 DVDs, em embalagem digipack.


Falando do evento, não tenho muito o que comentar. Eu não fui. Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax juntos, no mesmo dia, no mesmo palco...feliz de quem viu ao vivo. Imaginem anos de criticas, brigas, discussões e discórdias entre James, Lars e Mustaine, resolvidas ali, com meia dúzia de riffs de guitarra. Aposto que Mustaine chorou. Quem não choraria? Histórico. Importante. Único. Registrado em DVD.

Veja, por exemplo, o reencontro do Led Zeppelin, no O2 em Londres, em dezembro de 2007. Fãs do mundo inteiro queriam ver o show. Qual a única opção ? DVD. E cadê o DVD? Cadê a consideração com os fãs?

Mas o Metallica sabe como agradar os fãs. Sabe fazer coisas bem feitas. É mais do que uma banda. É uma empresa de entretenimento. Não é a toa que está rica. Eles merecem seus dólares.

Na caixa deluxe, com capa dura, temos 4 fotos em PeB, uma da cada banda, fazendo pose, fora do palco. Temos um livreto, repleto de fotos e a ficha técnica. Ganhamos ainda um poster com o cartaz oficial do festival. Uma palheta branca do Big 4. Acho que vou falar que fui no show e peguei a palheta que o James jogou. Cada CD vem em sua embalagem, um para cada banda, exceto o Metallica, com 2 CDs. E há também a embalagem própria para os 2 DVDs. Pra mim, o box deluxe vale cada centavo. Mesmo em Reais, que sai muito mais caro do que o preço em Dólares.







terça-feira, setembro 14, 2010

Accept - Mais uma vez, bom demais.


Ouvi o novo Cd do Accept, Blood of the Nations. Já vou dar a dica logo na primeira frase, é maravilhoso. Puro Metal anos 80, puro Accept. Clássico, vigoroso, criativo. Maravilhoso.

Eu era adolescente quando conheci o Accept, em 1985, quando foram lançados aqui, simultâneamente, os discos Restless and Wild e Balls to the Wall. Ambos excelentes, mas BttW logo se tornou um dos meus favoritos de todos os tempos, tanto pelas músicas matadoras, com guitarras fortes, bem tocadas, timbres diferenciados, melodias criativas e vocais marcantes cantando letras de altissima qualidade. Poesias. Poemas. Trovas. Histórias. Parecia que Roger Waters tinha escrito o disco junto com Neil Peart! Que história fantástica a de "losing more than you ever had". Como não simpatizar com o pobre coitado, acuado pelo rival, um maluco armado com uma espada (!!) se achando um Highlander !!!! E qual adolescente em 1985 não se sentia como o tolo de "losers and winners", sem saber o que falar pra menina mais linda da turma? Quem não tinha vontade de ser da gang de "london leatherboys". Ou participar da revolução em "balls to the wall" ? O Accept fez história e marcou quem o ouviu naquela época.

E foi com grande expectativa que esperavamos pelos albuns seguintes...Metal Heart e Russian Roulette foram bons, mas logo depois Udo partiu. E mesmo quando retornou, algo não fluiu, não funcionou, as coisas já não eram as mesmas..Nem Udo, em sua nova banda, conseguiu recuperar aquele clima. O Accept caiu no esquecimento e restou somente o saudosismo nas audições dos clássicos 4 albuns citados.

E então a banda anunciou um retorno em 2009 com novo vocalista....bah, quantos já fizeram isto, atrás de uns trocados a mais...pra não oferecer nada em troca, além de outra decepção...

Mas Blood of the Nations decepcionou a decepção. O disco é muito bom, na linha do clássico Accept dos anos 80, músicas com solos fortes, refrões em coro e os tradicionais "ohhh ohhh ohhhs". Wolf Hoffman continua um mestre, solando magnificamente, construindo riffs matadores. E Mark Tornillo é um vocalista que não tenta imitar Udo, tem um timbre de voz próximo, porém busca colocar a própria identidade, muito bem sucedido. Pelas fotos, parece ter a mesma faixa de idade dos demais, o que é bom para a banda.

Em resumo, mais uma grata surpresa deste ano, junto com o Ratt, outro grande retorno. Vale a pena ter na coleção, sem dúvida.

Accept:
Mark Tornillo - vocal
Wolf Hoffmann - guitarra
Herman Frank - guitarra
Peter Baltes - baixo
Stefan Schwarzmann - bateria

sábado, agosto 28, 2010

Iron Maiden e Ratt...duas surpresas de 2010...parte 2


E em compensação ao decepcionante Final Frontier, o retorno do Ratt, Infestation, é um dos candidatos a melhor album de 2010.

O Ratt voltou com uma disposição incrivel. O disco começa com uma pancada, Eat Me Up Alive, um matador riff de guitarra que abre o disco com o clássico som do Ratt original, porém mais rápido e pesado, fazendo um hard rock oitentista adequado ao século XXI. Bom demais!

Estão ali de volta, com toda vitalidade, Stephen Pearcy nos vocais, Warren DeMartini, na guitarra, Bobby Blotzer na bateria e os novos Robbie Crane no baixo e o guitarrista Carlos Cavazo, ex-Quiet Riot, que fez nome na segunda metade dos anos 80 junto ao Quiet Riot e o grande Metal Health.

Excelente hard rock. Excelente disco. Em época de retornos diversos, a velha história da banda que se separou há 10 anos voltando em busca de mais um dinheiro fácil, este surpreende pela alta qualidade.

Iron Maiden e Ratt...duas surpresas de 2010...parte 1

Pois é, eu ouvi o novo álbum do Iron Maiden, The Final Frontier, com grande expectativa, assim como qualquer fã do Iron Maiden, uma das mais tradicionais, talentosas e bem sucedidas bandas de Heavy Metal do planeta.

Bandas como Iron Maiden, Metallica ou AC/DC são verdadeiras entidades. Torcemos por elas, como se torce para um time de futebol. Sempre queremos que o novo álbum seja magnifico, do nível de nosso favorito da banda. 

Mas após a primeira audição, achei o álbum fraco. Estranho para o Iron Maiden.
Após a segunda audição, minha opinião mudou: achei o disco chato, aborrecido e maçante.

E então comecei a ler surpreendentes boas resenhas sobre o disco na web. Será que ouvi o disco certo? O whiplash publicou diversos reviews com opiniões enaltecendo o disco, a mais fraca dizia que o álbum era ótimo. Teve um fulano que falou pra jogar fora o Dance of Death e o Matter of Life and Death, em comparação com Final Frontier. O MoLaD é um dos melhores álbuns do IM pra mim e DoD é certamente um bom disco.

E fui tentar de novo...três, quatro, cinco vezes. Na verdade, é um disco que a gente precisa acostumar com ele. Não é tão ruim quanto a primeira impressão, mas está longe de ser representativo na discografia da banda. O som está estranho, refrões sem pegada, sem melodia, senti falta daquele baixo marcante de Steve Harris e...tem certeza que são 3 guitarristas ali, de verdade? Mesmo?

Então li um post do site Portal Rock Press sobre o disco, com uma opinião bem mais acida.

Quer conferir ? Olhe ai !

http://www.portalrockpress.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=4289

domingo, maio 23, 2010

Ronnie James Dio







No domingo, 16/05/2010, morreu Ronnie James Dio. Eu não vou escrever aqui sobre a carreira de Dio, pois já temos diversas referências e boas fontes na web. Vou somente deixar registrado neste blog algumas palavras sobre este grande artista e como ele, mesmo sem saber, me influenciou musicalmente.

Dio era o Elvis Presley do Heavy Metal, o que já era legal, pois Elvis nunca foi pesado. E mesmo não sendo um cantor paparicado como Michael Jackson, para ter diversas reportagens, capas de revistas e ampla cobertura da imprensa pelo seu falecimento, Dio significou muito mais para a música.

Eu comecei a ouvir rock bem cedo, com Beatles, Elvis, Stones, The Who, Queen, Supertramp, Alan Parsons e Pink Floyd. Mas somente em 1983 começei a ouvir Heavy Metal, quando o Kiss veio ao Brasil, trazendo toda a publicidade - boa e má - sobre o estilo. Depois do Kiss, conheci o Led Zeppelin. E então uma banda leva a outra, e um colega de escola grava uma fita K7 Basf amarela com Deep Purple, AC/DC, Judas Priest e pronto, você se torna fã para toda a vida.

E faltava ouvir o famigerado Black Sabbath. "Eles são do Demo", me diziam. Na época, eu tinha uma resistência e impressão negativa sobre o Black Sabbath, pois sempre fui católico, com toda a familia tradicional católica, e aquelas capas e letras com demônios me incomodavam. Não iria colocar hinos ao demo dentro de minha casa. Mas então, em algum momento de 1984, escutei o excepcional LP duplo ao vivo "Live Evil" e Dio me convenceu. Não, Dio não poderia ser do mau.

Desde aquela época, eu já gostava de uma lista, e Dio já começou como um dos meus Top 5 vocalistas do mundo, junto com Elvis, Freedie Mercury, Rob Halford e Robert Plant.

E fui comprar um "Live Evil" para mim também, assim como os excelentes "Heaven and Hell" e "Mob Rules". E então eu queria ter mais Dio, e fui atrás dos primeiros Rainbow. Fiquei eufórico quando foi lançado no Brasil o disco "Holy Diver", que até hoje é um dos 5 melhores discos de Heavy Metal que já ouvi. Além de Dio, o disco mostrou ao mundo o incrível guitarrista Vivian Campbell, outra de minhas influências guitarristicas.

E como já comentei neste blog, em um post anterior, tive o prazer de ver Dio cantar ao vivo em BH, junto com o Heaven and Hell, apenas um outro nome para o consagrado Black Sabbath, no que seria o seu último show no Brasil.

E para finalizar, incluo as palavras de Hilda Butterheart, outra fã, sobre o mestre.

Quem nao quiser ouvir lamurias...deletar email agora mesmo....

Eu cresci numa familia religiosa. Ouvi minha mãe falar a vida inteira: "nos momentos dificeis temos que segurar na mão de Deus". E eu pensava comigo: "nos momentos difíceis eu seguro na mão do Dio".

Escutei sua voz pela primeira vez no programa do Marcelo Nova, num domingo a noite, quando eu tinha 13, 14 anos de idade...era "Man on the Silver Mountain" e eu delirei em tudo no som, mas a voz realmente chamava atenção. Monstruosamente linda. E foi assim que eu conheci Rainbow, Sabbath na melhor fase e sua carreira solo maravilhosa.

Foi assim tambem que eu ganhei a gastrite que me acompanha até hoje: deixando de almoçar pra juntar o dinheiro pra comprar os CDs. Toda sexta era aquela alegria a caminho da galeria do rock. Apesar da dor de estomago, nao me arrependo, porque as dores que a musica do Dio ajudou a aliviar eram infinitamente mais intensas.

A facu parece uma parede intransponivel? Computer God na veia. Seus pais brigam ate quase se matarem? One Night in the City berrada no ouvido. O trampo é um saco, o chefe é carrasco e o salario uma m&rd@? Tarot Woman é um alivio. Fim de namoro? Straight Through the Heart. Quanto mais o Dio cantava, melhor eu me sentia. Morfina sonora.

Eu nunca gostei muito da humanidade de forma geral, mas era muito facil amar o Dio, porque ele nao era humano. O Dio era uma entidade, um simbolo da força que a Musica tem. E o que mais me fascinava era a forma como ele ia totalmente contra o esteriotipo do "roqueiro". Ele nao enchia a cara, nao fumava, nao fazia orgias (ele e a Wendy eram inseparaveis), nem sequer gostava que sua banda aprontasse em epoca de tour. Profissional ao extremo, manteve a integridade de sua voz e de sua performance artistica até o fim. Ele nao usava o pretexto de amor à Musica pra viver como um moleque. Ele era um homem que realmente amava a Musica, que realmente estudou Musica, que levava muito a sério sua carreira musical.

Eu nao fico triste com a morte porque nao acredito em fim. Nao acredito que a morte seja ruim. Acredito que deva ser uma celebraçao, que signifique reencontro, e nao despedida. O que me deixa triste é nao ter a certeza de que ele sabia o quanto fez a diferença na minha vida e na vida de muita gente. Um cara tao brilhante que, como diria Marcelo Nova, influenciou até quem não sabe que foi influenciado. Um DEUS.
Triste pra quem fica, nunca pra quem vai.
RIP.




quinta-feira, maio 06, 2010

Mais uma lista...Albums de Metal

O bom site MusicRadar publicou uma lista dos 50 melhores discos de Metal de todos os tempos. Mais uma lista polêmica, como qualquer lista. Possui algumas bandas que nunca ouvi, como Kyuss e Deftones, relaciona Celtic Frost, que não escuto, como não escuto nenhuma banda de Black Metal, por princípios religiosos, e contem albums que não considero inseridos no contexto Metal, como o Bad Motor Finger do Soundgarden, puro grunge, um estilo "inimigo" do Metal.

Mas a lista no geral é tradicional. Dá o titulo de melhor de todos para o Master of Puppets, do Metallica, assim como diversas outras fazem. Gosto também das listas publicadas no site Metal-Rules. Em termos gerais, tendem a coincidir com minhas preferências.

Mas para uma lista ser realmente abrangente, não há como deixar de fora clássicos fundamentais para o desenvolvimento do Metal, como Led Zeppelin IV ou Deep Purple Machine Head. Veja a lista em:



http://www.musicradar.com/news/guitars/the-50-greatest-heavy-metal-albums-of-all-time-245511



A propósito, a minha lista Best Albums de 2009 seria:

1 - Megadeth - Endgame
2 - Dream Theater - Black Clouds and Silver Linings
3 - Slayer - World Painted Blood
4 - Heaven and Hell - The Devil You Know
5 - Kiss - Sonic Boom (special edition)
6 - Queensryche - American Soldier
7 - Alice in Chains - Black Gives Way to Blue
8 - Them Crooked Vultures - Them Crooked Vultures
9 - Chickenfoot - Chickenfoot
10 - Joe Perry - Have Guitar, Will Travel

quarta-feira, maio 05, 2010

Photos of Ghosts






Recentemente tive um sonho com fantasmas. É um tema que sempre prende a atenção, porque é cercado de mistério, situa-se naquele campo onde todo mundo tem opinião e ninguem tem certeza.

Então fui ouvir algumas músicas sobre fantasmas. Não é algo muito comum para músicas. Seria mais fácil buscar referências em filmes. "Sexto Sentido", "Os Outros"...a lista é longa, desde os filmes de terror, como "O Iluminado" até os romances açucarados como "Ghost".

Mas é mais fácil ouvir músicas.

A primeira que me veio a mente foi "Diamonds and Rust" de Joan Baez, que conheci com a maravilhosa versão do Judas Priest, no album "Unleashed in the East".

I'll be damned, here comes your ghost again
But that's not unusual
It's just that the moon is full
And you decided to call


E depois lembrei de "Moonlight Shadow", de Mike Oldfield, do album "Crisis". Cantada pela escocesa Maggie Reilly. Narra a triste história da menina que vê seu amado morrer.

He was caught in the middle of a desperate fight

The trees that whisper in the evening
Sing a song of sorrow and grieving

All she saw was a silhouette of a gun
Far away on the other side.
He was shot six times by a man on the run
And she couldn't find how to push through


A música exprime bem toda a angústia dela:


I pray
I see you in heaven far away

Will you come to talk to me this night?


Não exatamente sobre fantasmas, mas sobre morte e passagem, o Marillion mostra uma poesia e sensibilidade reconfortantes com "Estonia" do album "This Strange Machine".

No one leaves you
When you live in their heart and mind
And no one dies
They just move to the other side
When we're gone
Watch the world simply carry on
We live on laughing and in no pain
We'll stay and be happy
With those who have loved us today


E garante que tudo passa com o tempo:

And we won't understand your grief
Because time is illusion
As this watery world spins around
This timeless sun
Will dry your eyes
And calm your mind


Temos também o Iron Maiden, com sua história de terror em "Still Life" do excelente album "Piece of Mind".

Take a look in the pool and what do you see
In the dark depths, their faces beckoning me
Can't you see them ?
it's plain for all to see
They were there, oh I know you don't believe me.
(...)
Hours I spend out just gazing into that pool
Something draws me there, I don't know what to do.


Até seu trágico desfecho:

Now I feel they are so near
I begin to see them clear...
(...)
Can't you see ?
Not just me they want you too.



E que tal "Hotel California", o grande sucesso do Eagles?

Eu já li diversas interpretações e explicações para a letra da música, mas para mim, trata-se de um hotel fantasma, que aparece para visitantes desavisados.


On a dark desert highway, cool wind in my hair
Warm smell of colitas, rising up through the air
Up ahead in the distance, I saw shimmering light
(...)
There she stood in the doorway
she lit up a candle and she showed me the way
There were voices down the corridor
(...)
And still those voices are calling from far away...



E aparentemente, fazem nova vítima:

Last thing I remember,
I was running for the door
I had to find the passage back
To the place I was before
'Relax,' said the night man,
'We are programmed to receive.
You can check-out any time you like,
But you can never leave.



E como falar de músicas sobre fantasmas sem citar o mestre do Metal Terror, King Diamond? Algum produtor deveria levar as histórias de seus albums para o cinema.

Temos o album "Abigail", que conta uma história de possessão:


The bedroom was ice cold
But the fire was burning still
The blinding light
The Family Ghost had risen again...

The Ghost:
"Don't be scared, Don't be scared now My Friend
I am Count de LaFey
Let me take You to the crypt down below
Where Abigail rests"


E em quem, ou no que, acreditar?

"The spirit of Abigail is inside Your Wife
and there's only one way You can stop
the rebirth of evil itself
You must take her life now"



E no album "Them", temos diversos fantasmas se divertindo:

Late that night I awoke from my sleep
Hearing unknown voices laughing insane
Grandma' was one,
Oh it's coming from the room next to mine

As I stood there alone in the dark
Peeking through the keyhole, couldn't
believe My eyes
I'd never seen anything like it,
only Grandma' was inside the room

Speaking to no one...
the invisible guests
Cups were rising in thin air and
then emptied on the floor



E o pobre coitado é parte da diversão:


Suddenly the door was open and
Grandma' said
"Do come in My little friend"



O Metallica também entra nesta lista, com a perseguição estilo Freddy Krugger em "All Nightmare Long", do fantástico album "Death Magnetic".


Still-life incarnation
Still-life infamy
Hallucination, heresy
Still you run, what's to come?
What's to be?

Cause we hunt you down without mercy
Hunt you down All Nightmare long
Feel us breathe upon your face
Feel us shift, every move we trace


Definitivamente, não há como escapar do próprio medo.


The light that is not light is here
To crush you out with your own fear
You hide, you hide, but will be found
Release your grip without a sound



E para terminar, "Photos of Ghosts", do album em Inglês da banda italiana de progressivo, Premiata Forneria Marconi.

Beside a dried up fountain
Lie five dusty tomes
With faded pasted pictures
Of love's reverie.
Across each cover is written,
"Herein are Photos of Ghosts"
Of the days we ran and the days we sang.