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terça-feira, setembro 30, 2008

Hel's Progressive Essentials

O rock progressivo possui alguns elementos básicos que definem o estilo. Complexidade musical, harmonia e arranjos elaborados, mudanças constantes de tempo e tonalidades, letras que narram um única história, etc. O progressivo é o filho rico do rock, esnobe, instruído, pomposo, majestoso, preocupado com as aparências e não só com o conteúdo.

Apesar do também possuir vários subestilos, a exemplo do Metal, as bandas de rock progressivo são normalmente associadas ao progressivo sinfônico ou espacial, de bandas clássicas como Yes, Genesis ou Pink Floyd.

Albums essenciais para o entender o estilo:

PROTO PROG
As origens. Os albuns que continham elementos progressivos antes mesmo do movimento surgir. Psicodélicos, imaginativos, originais, conceituais. Albums com ideias que se tornariam elementos presentes no rock progressivo.

Beatles - Rubber Soul (1965)
Beatles - Revolver (1966)
Frank Zappa - Freak Out (1966)
Beatles - Stg. Pepper's (1967)
Jimi Hendrix - Axis:Bold as Love (1967)
Procol Harum - Procul Harum (1967)
Arthur Brown - The Crazy World (1968)
Iron Butterfly - In a Gadda-da-Vida (1968)

The Who - Tommy (1969)
Frank Zappa - Hot Rats (1969)


CLASSIC PROG
Este é o genero diretamente associado ao progressivo. Também chamado de Simfônico, o estilo é marcado pela imponência, majestade, pompa e circunstância. Geralmente com elementos teatrais e recursos visuais. Top 5, albuns absolutamente essenciais, são:

Yes - Close to the Edge - jogo duro, mas a POLE POSITION vai para Close to the Edge, o típico progressivo: com apenas 3 músicas, todas excelentes, incluindo a melhor música de 20 minutos já criada, é um album da primeira metada da década de 70, extremamente criativa e produtiva, executado por músicos fora de série: Steve Howe, Rick Wakeman, Jon Anderson e Chris Squire, e Bill Bruford....foi o último disco com o extremamente técnico Bruford. Supertime, supergrupo, superalbum.

Genesis – Seiling England By the Pound – Peter Gabriel, gênio e artista....soberbo, fantastico...Tony Banks, extraordinário, e Steve Hackett, dono de um bom gosto e lirismo extasiantes. Obra prima.

Pink Floyd - The Dark Side of the Moon – impossivel falar sobre a décade de 70 e o progressivo sem citar este disco. David Gilmour simplesmente magnifico.

King Crimson – In The Court of the Crimson King – este é o disco mais radicalmente progressivo que conheço. Robert Fripp, virtuoso e técnico fazendo sons experimentais e únicos e aquela voz de Greg Lake, perfeita para a música.

Van Der Graaf Generator – Pawn Hearts – outra obra espetacular do prog setentista, esbanjando a criatividade de Peter Hammil. A música "A Plague of Lighthouse Keeper's" é outro dos grandes épicos de 20 minutos.

E ainda:

Yes - Fragile
Yes - The Yes Album
Yes - Relayer
Genesis - The Lamb Lies Down on Broadway
Genesis - Foxtrot
Genesis - Nursery Crime
Gentle Giant - Octopus
Van Der Graaf Generator - Godbluff
Pink Floyd - The Wall
Pink Floyd - Wish You Were Here
Pink Floyd - Meddle
Jethro Tull - Thick as a Brick
Jethro Tull - Living in the Past
Jethro Tull - Aqualung
King Crimson - Red
King Crimson - Discipline
King Crimson - The ConstrucKtion of Light

E a diversidade de estilos não para....


NeoProg – O Império Contra Ataca !

1 – Marillion – Misplaced Childhood
2 – Arena – Pepper’s Ghost
3 – Pendragon – Masquerade Overture
4 – IQ – Dark Matter
5 – Arena - Visitor


Prog Metal – O Retorno dos Jedis !

1 – Dream Theater – Scenes from a Memory
2 – Queensryche – Empire
3 – Porcupine Tree – In Absentia
4 – Liquid Tension Experiment - I
5 – Rush - Moving Pictures


Gli Italiani - Mama sono tanto felice, perche ritorno da te !

1 – PFM – Per Un Amico
2 – Le Orme – Felona e Sorona
3 – Locanda Delle Fatte – Forse Le Luciole Non Si Amano Piu
4 – PFM – Storia Di Un Minuto
5 – Banco – Darwin!


E eu classifico bandas como Queen e Supertramp como Art Rock, um estilo com elementos do progressivo, mas não tão definidos como as bandas clássicas do estilo.

Art Rock – alquimia: Som transformado em Ouro.

1 – Queen – A Night at the Opera
2 – Supertramp – Crime of the Century
3 - Alan Parson's Project - The Turn of a Friendly Card
4 – Roxy Music – Avalon
5 – Queen – A Day at the Races

quarta-feira, setembro 24, 2008

DerHel's Choice - Best Albums 2007



2007 foi um ano de bons e numerosos lançamentos. O problema de uma lista de 10 itens é conter somente 10 itens. Assim:

The Best Albums of 2007:

1 - Arch Enemy - Rise of the Tyrant

2 - Dream Theater - Systematic Caos

3 - Machine Head - The Blackning

4 - Helloween - Gambling With the Devil

5 - Nightwish - Dark Passion Play

6 - Varios - Guitar Heroes from Finland

7 - Iced Earth - Framing Armaggedom

8 - Symphony X - Paradise Lost

9 - Megadeth - United Abominations

10 - Dark Tranquility - Fiction

Mas mençoes honrosas a:

Amon amarth - With Odin on Our Side
Scorpions - Humanity Hour 1
Heaven and Hell - Live at Radio Music Hall - trata-se do retorno do Black Sabbath, fase Dio, em grande forma.

E o grande acontecimento do ano foi, sem dúvida, o show do Led Zeppelin no 02 Arena em Londres.



Progressivos e outros:

1 - Porcupine Tree - Fear of a Blank Planet

2 - Fish - 13th Star

3 - Rush - Snakes and Arrows

4 - Marillion - Somewhere Else

5 - Pendragon - Past and Present

6 - Pain of Salvation - Scarsick

7 - Robert Plant - Raising Sand

8 - Satellite - Into the Night

9 - The Flower Kings - The Sum of All Evil

10 - Tal Wilkenfeld - Transformation













terça-feira, setembro 23, 2008

Hel's Review - Metallica - Death Magnetic (2008)


YEAH !!!!!!!!!!!!!!!!!!


Não tenho mais nada a acrescentar sobre o novo Cd do Metallica ! O Metallica voltou ! E voltou em grande estilo, com um Cd matador, devastador, destruidor, lembrando os grandes momentos da década de 80.


Na verdade, ninguem volta no tempo. Não se recuperam momentos passados nem o clima de anos anteriores. Mas para os eternos fãs xiitas da banda, nunca mais haveria nada da bom na carreira do Tallica. Eu cansei de ler aquelas baboseiras dizendo que o Justice..foi o último album da banda, que o Black era pop, Load era ruim e por ai vai....Todos os discos do Metallica possuem bons momentos, inclusive o famigerado St. Anger.


Mas todos torciam por um novo CD baseado na sonoridade clássica, aquela que fez o Metallica se consagrar como a melhor e maior banda de metal de todos os tempos. Na verdade tinhamos medo de um novo St. Anger, daquele som de panela Tramontina, da ausência de solos. Tinhamos medo de um CD pop, que competisse com Amy Winehouse.


Mas o Metallica não decepcionou. Fez um grande album, um dos melhores de sua carreira. Um album baseado na sonoridade geral do Justice, mas com elementos de todos os outros. Com músicas que poderiam estar no Black, no Master, no Load. Um excelente album, emocionante, bom de ouvir, e que fica melhor a cada audição.


Já é o melhor de 2008.



Hel's Review - CD Queen - Cosmos Rocks (2008)


E estou achando o ano de 2008 mais fraco de lançamentos do que 2007.



No ano passado, tivemos muitos lançamentos, tanto em quantidade como em qualidade. Tivemos os excelentes Arch Enemy e Dream Theater, um novo Nightwish, um inovador Iced Earth, um revitalizado Megadeth....Mas em compensação, os lançamentos de 2008 foram mais ansiosamente aguardados do que os de 2007.


Em 2008 foi anunciado o novo trabalho do Judas Priest, pela primeira vez um álbum duplo conceitual. Lendário Judas, com Halford novamente. Tinha tudo pra ser bom, mas quando chegou, decepcionou. Novo do Uriah Heep, a tradicional banda de hard rock inglês, e ouvimos um bom disco. Anunciado o novo Metallica, expectativas a mil atendidas plenamente. Arrasador, destruidor e já o Melhor do Ano. E enfim, o último grande lançamento anunciado do ano, o novo Queen....quer dizer, Queen+Paul Rodgers, na verdade, nada a ver com o glorioso Queen.


No geral, Paul Rodgers canta muito mal...ou pobre coitado, foi se meter em inevitáveis comparações com o inigualável Freddie Mercury. Não tinha como ser bom. A banda se sairia muito melhor com David Bowie nos vocais, velho amigo e voz já conhecida dos velhos fãs do velho Queen.


Mas Cosmos Rocks é meio decepcionante...eu esperava um novo disco do Queen, ou pelo menos influenciado pelo Queen. Mas o disco possui diversas influências, sons de vários estilos, menos do estilo Queen....Talvez proposital, May e Taylor devem ter pensado que não iria agradar (ou não ficaria bem) tentar ser o Queen novamente. E entendi porque Deacon não quis participar.


O CD passa levianamente de um estilo pra outro, se saindo bem em alguns e ficando ridículo em outros.....nem sei se chamaria de um CD de rock...o disco é leve, calmo, suave, pop, sem aquela típica guitarra marcante, sem a tradicional bateria forte, e sem muita variação de timbres, arranjos e instrumentos. Brian May não mostra mais aqueles momentos magistrais e Roger Taylor parece preguiçoso para tocar. E Paul Rodgers canta muito mal. Coitado, inevitável comparação com Freddie Mercury.


Faixa faixa, é mais ou menos assim:


C-lebrity - média....a música divulgada como single do disco, é um rock estilo clássico, bem básico, embalada por um riff simples e sujo, mas longe de ser dos melhores de Brian May. Tem umas levadas meio Beatles no meio, e meio destoantes para a música.


Call Me - fraca – um Southern Country Americano, parece ter saído da trilha sonora do filme Brother Where Art Thou.


Cosmos Rockin - media - rock’n’roll básico anos 60. Igual a qualquer um que vc já tenha ouvido. Bem longe de ter a mágica de uma Crazy Little Thing.


Say its not true - média - a baladinha Louis Armstrong do CD, pra provocar emoções. Tem videoclip deprê no YouTube, com aquele clima de tristeza...Uma música que poderia ter sido feita pelo Queen anos 80, e ficaria muito melhor na voz do Freddie.


Small reprise / small - média – uma introdução e uma música acústica, mantendo um clima suave, em harmônia com a musica anterior, algo no estilo dos Eagles, meio Bob Dylan ou Neil Young. Novamente a levada de country americano.


Some things that glitter - média - um suave piano embala a voz nesta música, e não entendi porque o próprio Brian May não cantou. Baladinha estilo anos 60.


Still Burnin - boa - uma das musicas cuja opinião vai melhorar com outras audições....lembrou o clima do Physical Graffiti, do Led, o timbre da bateria, a gravação, mixagem, lembra muito aquela sonoridade, meio boogie.



Surfs Up, Schools out - fraca – ficaria melhor num disco de Beach Boys + Paul Rodgers....


Through the night – muito boa – a melhor musica do disco. Um grande blues, no estilo de um Robert Cray, pegajoso, forte, bonito, com boa intro de guitarra, bons solos e dessa vez, um bom vocal.


Time to shine – muito boa - a segunda melhor música do disco, um rock clássico muito interessante, com bom arranjo e um bom refrão.


Voodoo – muito boa - Mas nada a ver com Voodoo do Black Sabbath...É uma musica tranquila, com uma levada bem bluesy, cadenciada, com bom refrão, fazendo uma boa seqüência com as duas anteriores.


War boys - média - engraçado, mas ao ouvir, me lembrou Wild Boys do Duran Duran...parece com essas bandas de rock pop dos anos 80, Bad Company, Cheap Trick, Toto, algo assim.


We believe - fraca - completamente descartável...aquelas músicas fabricadas, feitas pra fechar o disco com clima de nostalgia, tentando criar um Hino, evocar uma We Are the Champions misturada com Is This the World We Created ou Friends Will Be Friends...algo como "levantem as mãos e vamos cantar e chorar juntos"..........muito forçada.



Mas mesmo assim, estou esperando sair a edição especial com DVD pra comprar e manter a coleção do Queen completa.