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sexta-feira, maio 15, 2009

Oasis - Porto Alegre 12.5.2009

Terça-feira fui no show do Oasis. Não estava programado para ir, mas acabei ganhando o ingresso na última hora e fui lá conferir.

Sei que muita gente torce o nariz para o Oasis, com o seu jeito marrento de ser, seus vocais “peculiares” e suas brigas entre irmãos que parecem mais jogada de marketing.Mas é importante levar em consideração a importância do Oasis, talvez o criador do 2º maior hit do rock dos 90, Wonderwall. (O primeiro naturalmente é Smells Like Teen Spirit do Nirvana.)

O show estava muito bom, excelente levando-se em conta que era o Oasis. Quer dizer, não adianta ir numa churrascaria querendo comer pizza. E se tratando de um show do Oasis estava o melhor que poderia ser. Gigantinho lotado, público ensandecido. Como fiquei na arquibancada do lado do palco, enxergava o espaço que fica entre a grade e o palco. Durante o show várias pessoas eram carregadas para o atendimento médico, a grande maioria meninas e vi mais de duas serem levadas desmaiadas pelos seguranças. A pista estava realmente quente, o público pulando e cantando o tempo todo. ISSO É ROCK’N’ROLL!

Além disso, foram boas músicas, o baterista tocando muito bem, com vigor e vontade e peso em algumas canções. Guitarras com muitos solos e distorções. Uma explosão de energia Rock’n’Roll, dentro daquela mistura das influencias do Oasis, principalmente Beatles, mas também Stones, Who, Sex Pistols e Smiths. E apesar da postura blasé, eles não deixaram de fora os hits, tocando 4 músicas do “(What’s The Story) Morning Glory?”, seu disco mais famoso.

Foram momentos altos do show as esperadas Wolderwall, Don’t Look Back in Anger e Champagne Supernova, a penúltima música. Gostei muito também de Morning Glory e de Rock’n’Roll Star, a primeira música do show.

E muito especial também foi o final, com uma versão apoteótica e anárquica de I Am the Walrus, dos The Beatles.

A propósito, um show que termina com I Am the Walrus não tem como ser ruim!

Curiosidades sobre a “I Am the Walrus
http://pt.wikipedia.org/wiki/I_Am_the_Walrus


PS: Postei esse no Vakalhaw, justemente por causa do "I am the Walrus". Afinal, se Walrus está na explicação do Blog, esta postagem não podia ficar de fora!

terça-feira, maio 12, 2009

Heaven and Hell

Hel,

Esse Heaven and Hell realmente deve ter sido um grande show, me arrependo de não ter me organizado para ver alguma das apresentações aqui na América do Sul.
Lembro do show deles (na época assinavam como "Black Sabbath", mas com a mesma formação) da tour do Dehumanizer, que assisti aqui em Porto Alegre em 1992. Show matador, grandes solos de guitarra e o tradicional solo de bateria do Appice, igual ao Live Evil.

Na época eles tocavam algumas canções da fase "Ozzy" também. Em algum lugar tenho anotada as músicas que tocaram na época, quando achar publico aqui. De cabeça, lembro que I e Time Machine estavam no set list, assim como Neon Knights, Mob Rules, Heaven and Hell e Children of The Sea. Country Girl, uma bela música pouco conhecida do Mob Rules, com certeza não era tocada na época.

Este Heaven and Hell é o feliz caso de uma banda que hoje está fazendo shows melhores que em 1992, há 17 anos atrás.

segunda-feira, maio 11, 2009

Hel's Review - Heaven and Hell - BH 10/05/2009

Perfeito. Assim foi o show do Heaven and Hell em BH.

Nem mesmo o atraso de quase 1 hora, conseqüência do erro da produção, que demorou para abrir os portões do Chev Hall, gerando uma imensa fila, para a lenta entrada na casa, atrapalhou a noite. Quando a banda entrou no palco, ao som do playback de E5150, toda a espera valeu a pena. O próprio Dio pediu desculpas pelo atraso, pela demora em começar a tocar em BH. Para quem esperou anos, esperou décadas, aquela hora passou como se fosse 1 minuto.

Fim de E5150, do jogo de luzes, da fumaça branca, das sombras, e os músicos se tornam visíveis. E Tony Iommi assusta todo mundo com o monstruoso riff de Mob Rules. A casa vai abaixo. Público em êxtase, público de todas as idades, sendo predominante a faixa superior aos 30 anos. Senhores de cabeça branca com camisas pretas acompanhando filhos de 12 a 15 anos, também com camisas pretas. Foi um encontro de gerações de fãs, desde os mais antigos, que estavam ali por causa de Iommi e Butler até os adolescentes que foram cativados pelo poder dos mestres sexagenários do tradicional Heavy Metal.

E o mestre Dio, além de mostrar um fôlego incrível e cantar como o diabo que você conhece, foi um perfeito mestre de cerimônias. Conversava com o público, agradecia a todo instante, contava uma pequena história antes de cada música e dominava o palco. O seu nome era mais ovacionado do que o nome da banda. E foi assim por todo o show, recebendo e exibindo os presentes jogados pelo público, como a bíblia negra que um fã, com muita originalidade fez e lançou ao palco durante a musica homônima, que mereceu seus agradecimentos especiais.

Era notável que o entusiasmo do público havia cativado a banda. Até Tony Iommi, que se mostra mais distante no DVD do H&H, era todo sorrisos durante o show, até interagindo com o público. Vinnie Appice, com um kit bem simples de bateria, numa época que qualquer um usa bumbo duplo, foi um espetáculo a parte. E Geezer Butler, excelente.

Com pouco mais de uma hora de duração, o show terminou depois das clássicas Heaven and Hell e Neon Knights. O público deixou o local em êxtase. Ao chegar em casa, fui ouvir novamente o Live Evil. Um grande espetáculo, um dos melhores shows que vi na vida.

E5150
Mob Rules
Children of the Sea
I
Bible Black
Time Machine
Drum Solo
Fear
Falling off the Edge of the World
Follow the Tears
Die Young
Heaven and Hell

Encore:
Intro de Country Girl / Neon Knights

Watchmen


Eu vi Watchmen.

O filme é soberbo, muito bom. Não classifico Watchmen de filme de super-heróis, porque não se trata de uma aventura típica de Batman, Homem Aranha ou um grupo de heróis como X-Men.

Watchmen está na linha de filmes como V de Vingança, Sin City e até mesmo o antigo Ruas de Fogo. Uma ficção policial dramática, ambientada em um universo que corresponde a uma alternativa plausível de futuro de nossa realidade. Ou seja, não é um mundo criado, como Gothan City, mas o nosso próprio mundo em outra circunstância.

E estas novelas criaram novos personagens e injetaram neles uma grande dose de carisma e personalidade, conflitos e dilemas, comuns a qualquer um. E foi neste contexto que a célebre graphic novel Watchmen foi criada em 1986 por Alan Moore. E levada as telas de modo magistral por Zack Snyder em 2009, com tudo que a tecnologia atual permite. Afinal, fazer um castelo em Marte ou uma aeronave sem princípios de aerodinâmica é fácil nos quadrinhos. Nos cinemas, se não for bem feito, ficará horrível.

E Watchmen, o filme, respeita a HQ original. Os personagens são idênticos, mantendo suas características, físicas e psíquicas, mantendo os cenários, diálogos, situações e a grande trama. Há, naturalmente, supressões e adaptações, mas todas positivas, que deixam a narrativa mais compreensível e moderna.

Os atores escolhidos, apesar de nenhuma grande estrela, estão perfeitos e fazem atuações primorosas. Um grande time. Um grande filme. Uma excelente adaptação do original.

Para quem leu o original e sentiu falta dos Contos do Cargueiro Negro, inseridos ao longo do texto, ou da história dos Minutemen, saiu um DVD especial, produzido pelo mesmo diretor, com essas narrativas.

Alias, o Cargueiro Negro, o navio pirata que vagava nos mares em busca de novas aquisições para sua tripulação, formada por almas condenadas, era uma HQ que serviu de inspiração para outros recentes bons filmes...