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quarta-feira, setembro 06, 2006

Hell´s review - Slayer em BH


O Slayer não estava entre minhas bandas favoritas….dentro dos 4 Grandes do Thrash, dos chamados Quatro Cavalheiros do Apocalipse, é a que menos gostava - o Metallica ainda é a minha favorita, apesar dos últimos albuns, seguido pelo Megadeth e Anthrax. Sempre considerei o Slayer o meu limite no metal...um Motorhead mais agressivo, muito peso, poucos riffs e pouca técnica.

Entretanto, um show do Slayer na cidade em que moro era imperdivel...uma banda clássica e importante para a história do METAL, com albuns clássicos e fundamentais para o thrash, na porta da minha casa, eu tinha que ir.

Em torno das oito da noite de domingo, eu e meu amigo Edu entramos no Chevrolet Hall, atrasados, já no fim de “Disciple”...Em uma palavra : extremo. Outra : agressivo. Mais uma ? brutal. Entrei para ouvir e ver o show mais pesado de minha vida. Um massacre, que me surpreendeu...pelo fato do Slayer não estar entre minhas bandas favoritas, não esperava grandes coisas, mas foi um super show, excelente do inicio ao fim. A banda tocou clássicos e clássicos, hinos do thrash, com uma força, velocidade e peso estonteantes.

O som do Slayer não possui demonstrações de técnicas, malabarismos, virtuosismos, que são qualidades que eu gosto, aprecio e valorizo em música, e mesmo assim, prende a atenção. O timbre radicalmente “crush”, agressivo, distorcido, ruidoso das guitarras de Jeff Hanneman e, principalmente, Kerry King incomodam, pertubam e hipnotizam. King é um gigante, imenso, pesado, tatuado, parecendo um Klingon, segurando a sua ESP "signature serie" como uma arma de guerra, apertando as cordas com uma força que dava a sensação de ouvir as cordas gritando contra os trastes, implorando clemência. Show no mercy.

O chileno Araya é outro monstro no palco. Canta com a mesma voz do inicio ao fim, conversa com o público, filma, tira fotos, bate palmas, bate a cabeça, toca baixo e não perde o fôlego. Dave Lombardo é um dos melhores bateristas de metal, e decepcionantemente, não fez o esperado solo de bateria.

No geral, os caras são rápidos, muito rápidos. Velocidade com agressividade, um massacre sonoro tão intenso, que limitou o show a cerca de 1h e 20. Naquele ritmo, não tem como tocar por 3 horas como o Rush ou o Dream Theater. O show foi tão bom que nem lamentamos o curto set list ou a ausência do tradicional “encore”. Fomos prazerosamente massacrados.


Slayer : Tom Araya (vocals/bass), Jeff Hanneman (guitar), Kerry King (guitar), Dave Lombardo (drums). Belo Horizonte, Chevrolet Hall, dom, 03/09/06.

"Darkness of Christ / Disciple"
"War Ensemble"
"Blood Red"
"Die By The Sword"
"Spirit In Black"
"Cult"
"God Send Death"
"Mandatory Suicide"
"Seasons In The Abyss"
"Chemical Warfare"
"Hell Awaits"
"Dead Skin Mask"
"Postmortem"
"Silent Scream"
"South Of Heaven"
"Rainning Blood / "Angel Of Death"